domingo, 23 de outubro de 2011

Volfrâmio Português "Nazi"

       Em 1942, António Pinho Freitas era comandante na Guarda Nacional Republicana em Aveiro. Uma vez por mês deslocava-se a cavalo a Rio de Frades, um lugar perdido na Serra da Freita, em Arouca. Ia lá para garantir que nenhum homem do destacamento da GNR de Rio de Frades desertasse para entrar na corrida ao volfrâmio e fazer dinheiro rápido. 
 Em Arouca, nas explorações de volfrâmio, eram os ingleses e os alemães que retiravam das serras o minério com que endureciam armamento. 
 Separadas por cinco quilómetros, as minas de Rio de Frades, pertencentes aos alemães, e de Regoufe, dos ingleses, foram simbólicas não pela grandeza das explorações mas porque durante cinco anos os beligerantes conviveram em paz, num lugar esquecido de Portugal, para conseguirem fazer a guerra por essa Europa fora. Curioso, ciente da importância desse momento, o comandante da GNR deixou em herança um documento único desses dias: um filme de pouco mais de 14 minutos que rodou na mina dos alemães, com milhares de portugueses a trabalhar para o esforço de guerra nazi.
Ruínas das minas de volfrâmio

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