quinta-feira, 8 de março de 2012

Atmosfera de uma super-Terra é analisada pela primeira vez


Fig - A atmosfera do exoplaneta é composta essencialmente por água,
 ou sob a forma de vapor ou na forma de nuvens espessas ou névoas,
um verdadeiro "exoplaneta água".
O telescópio espacial Hubble descobriu uma nova classe de planetas extrassolares.

A atmosfera de um exoplaneta do tipo super-Terra foi analisada pela primeira vez por uma equipa internacional de astrônomos utilizando o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO).

O planeta, conhecido como GJ 1214b, foi estudado conforme ele transitava à frente da sua estrela hospedeira - em relação à Terra - e uma parte da radiação estelar atravessava a atmosfera do planeta.

A atmosfera do exoplaneta é composta essencialmente por água, ou sob a forma de vapor ou na forma de nuvens espessas ou névoas.

O planeta GJ 1214b foi descoberto em 2009 com o instrumento HARPS, montado no telescópio de 3,6 metros do ESO, e quem tem estado envolvido em várias descobertas recentes da astronomia.

Os resultados iniciais sugeriam que este planeta possuísse uma atmosfera, o que agora foi confirmado e estudado em detalhe por uma equipe internacional de astrônomos, liderada por Jacob Bean, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica.
"Esta é a primeira super-Terra que teve sua atmosfera analisada, um marco verdadeiramente notável na caracterização destes mundos," diz Bean.

O GJ 1214b tem um raio cerca de 2,6 vezes maior do que o da Terra e possui cerca de 6,5 vezes mais massa, o que o coloca claramente na classe dos exoplanetas conhecidos como super-Terras.

A sua estrela hospedeira encontra-se a cerca de 40 anos-luz de distância da Terra na constelação de Ofiúco (ou Serpentário). É uma estrela de baixa luminosidade - se a GJ 1214, a estrela, fosse observada à mesma distância de nós que o nosso Sol, ela seria 300 vezes menos brilhante.

A estrela é também pequena, o que quer dizer que o tamanho do planeta é grande quando comparado com o disco estelar, tornando-o relativamente fácil de estudar.
O planeta passa em frente do disco da estrela a cada 38 horas, à medida que a orbita a uma distância de apenas dois milhões de quilômetros: cerca de setenta vezes mais perto do que a órbita da Terra em torno do Sol.

Reflexão: Este é um grande passo rumo à caracterização da atmosfera de um mundo tão distante e podemos também verificar o quanto nos é útil os telescópios e satélites espaciais para descoberta de mistérios que hoje em dia ainda existem na nossa galáxia.

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